Luís
Cabral−Chinhembanine: origem, Dinâmica e percurso Histórico 1975.
É difícil em poucas linhas falar ou tratar de um bairro
como Chinhembanine, com características peculiar e similar a tantos bairros da
cidade de Maputo. Não – se sabe de concreto a origem do bairro, mais as evidências
nos faz levantar três teorias׃ (I) crescimento urbano registada nas décadas 1940 á 60,
(II) o facto de o bairro estar entre as principais vias que ligam Moçambique a
outras províncias e os países Vizinhos (estamos a falar concretamente da linha
férrea Maputo − Transval, Avenida de Moçambique e da Witbank) e a terceira e a ultima
teoria, esta aliada ao facto desta localizar – se na costa e ser atravessado
pelo rio Mulahuze onde as população poderiam praticar a pesca e agricultura.
As evidências mostram que os primeiros
habitantes eram pescadores, estes cansados de fazer movimentos pendulares, e
alguns deles as casas que residiam nos bairros de origem eram arrendadas,
decidem fixar pequenos acampamentos de modo a facilitar a sua estadia ao mesmo
tempo que conseguiam angariar muito peixe ao retomar as suas zonas de origem.
Estes acampamentos foram fixados na zona interior conhecido por Mucumbelene, e
muitos dos seus proprietários eram provenientes da província de Inhambane
constituídos na sua maioria por indivíduos da etnia Chope e Tswa dando assim o
nome de Chinhembanine o Bairro.
Administração
Até 1975, o bairro pertencia a Junta local da
Munhuana, no distrito de Lourenço Marque, e era controlado por um regulado de
nome Matipote e depois substituído pela rainha Tembe, estes eram encarregues
para a solução de quaisquer problemas do bairro, em casos mais graves passava
para a polícia local, que nessa altura a mesma fazia patrulha de cavalos.
Infra-estrutura
No que tange as infra-estruturas a
agua para o consumo era cartada no posto policial, e para outras actividades
(Banho e lavar a roupa), este precioso líquido era encontrado no charco do rio
Mulahuze, o mercado estava situado na zona onde hoje pertence a Honda, e na
altura era designado por missagerene e havia uma loja onde os nativos podiam
fazer compras e empréstimos esta pertencia a um cidadão de descendência Afro –
Europeia, que os residentes do bairro apelidaram− no de Mulungo ntima que quer
dizer Branco escuro a segunda loja estava mais para o interior pertencia ao Sr.
Fernando também de origem Europeia. Para questões de saúde vacinação a
população recorria o posto de saúde que localizava – se na zona onde
actualmente pertence a SONEFE. A maior parte dos residentes do bairro
frequentavam a Missão José de Lhanguene, e outros frequentavam as igrejas
protestantes.
Desporto e Recreação
No que diz respeito a prática de
actividades de carácter desportiva e cultural, existia um local que se chamava
comité, onde os nativos apresentavam suas recriações artísticas através de
danças tradicionais, e não só podia−se observar a venda de bebidas alcoólicas
tradicionais, o interessante é que aqui podíamos encontrar manifestações
artísticas de grupos de diferentes etnias.
No que tange a área desportiva havia no bairro
um torneio desportivo onde encontrávamos varias equipas dos nomes mais sonantes
são׃ Foguetão, Durban e Ferroviário da
Machava, esta última pertencia ao conselho da Machava, espaço para prática
desta actividade eram várias a nível.
Por: André Chavane